#5 Sobre demissões e Beyoncé
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Sabe aquele clichê de "você precisa encontrar propósito no seu trabalho"?
Então… E se você olhasse por uma outra lente e trocasse o "no seu trabalho" por "na sua vida"...
Algo mudaria?
“Um salário maior? Prefiro ver o pôr do sol”. Esse é o título de uma matéria publicada no The Guardian uns dias atrás, sobre o movimento "anti-ambição" que tem ganhado cada vez mais força no mundo todo.
Parece que quem dançava Ragatanga, brincava de pular elástico e faz parte da geração dos 30 e poucos, têm refletido cada vez mais sobre como encontrar equilíbrio e propósito na vida - não necessariamente no trabalho.
A Gen Z sente o mesmo.
Uma pesquisa recente da Deloitte mostrou que o equilíbrio entre vida profissional e pessoal foi considerado a principal prioridade na hora de escolher um empregador e que 75% dos jovenzinhos preferiram rotinas remotas ou híbridas.
Os sinais de que uma mudança está por vir ficam cada vez mais evidentes:
Consequências da pandemia, histórias e mais histórias de burnout e até a Beyoncé, uma workaholic assumida, dando o seu recado na letra do hino Break My Soul: ela cansou de viver #exaustah.
Agora, acabei de me apaixonar, e acabei de me demitir
Vou encontrar um novo estímulo
Caramba, eles fazem eu me esforçar tanto
Trabalho às nove, depois das cinco…
É por isso que não consigo dormir à noite
A Grande Renúncia.
É assim que o movimento que ganhou Queen B de Embaixadora tem ficado conhecido nos Estados Unidos.
Por lá, um número recorde de americanos pediu demissão por não se sentir satisfeito com suas condições de trabalho ou para se dedicar a novos projetos, afinal, a vida é curta.
Há mais de 10 milhões de vagas disponíveis, mas as pessoas simplesmente não querem preenchê-las.
O mesmo fenômeno está acontecendo em outros países como a Austrália, onde o número de pessoas pedindo demissão ou mudando de emprego nos últimos 12 meses foi o maior em 10 anos.
No Brasil, ao olharmos para um recorte bem específico e privilegiado da população, que tem a possibilidade de escolha, a moda também parece que veio pra ficar…
Além dos números, o Twitter não me deixa mentir:
E nem o G1… 🗣️
Diante desse cenário, é bem possível que as empresas tenham que começar a olhar com muito mais atenção para a saúde mental dos funcionários. Não vai dar mais pra ficar só no discurso e no papel.
Uma luz no fim do túnel parece indicar que ambientes de trabalho tóxicos não vão durar muito… Será que a semana de 4 dias de trabalho vem aí?
Burnout nunca mais
A síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, passou a ser considerada doença ocupacional em 2022. Já era hora…
Segundo uma pesquisa feita pelo LinkedIn com mais de 5 mil pessoas, 74% das mulheres estavam muito ou razoavelmente estressadas por motivos ligados ao trabalho.
Entre os maiores gatilhos, foram identificados:
Prazos apertados;
Excesso de tarefas e acúmulo de funções;
Ambiente de trabalho opressivo;
Baixa remuneração.
Reconhece algum deles por aí? 🤡
Você sabe quais são os seus direitos?
Quando o assunto é Burnout existem direitos trabalhistas e uma jurisprudência específica sobre o tema, sabia?
Como muitas de nós desconhecemos ambos (o que pode gerar ainda mais ansiedade), separamos as principais coisas que podem ser exigidas em caso de esgotamento mental:
Afastamento: por meio de atestado médico mediante avaliação, é possível se afastar do trabalho por 15 dias, sem perder o recebimento;
Auxílio-doença: tendo qualidade de segurado do INSS, e se comprovada a síndrome de Burnout pela perícia médica, a pessoa recebe uma quantia referente a auxílio-doença;
Estabilidade no trabalho: por 12 meses, não pode haver demissão;
Indenização moral: se houver gastos com médicos, psicólogos e outros profissionais, cabe à empresa arcar com tais custos.
ps: hoje escolhemos não falar sobre o outro lado da moeda: pessoas sendo demitidas em massa por startups. Esse assunto dá pano pra manga e fica pra uma outra edição, combinado?
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Mudando radicalmente de assunto, porque somos dessas, nessa matéria você conhece 8 marcas de calcinhas absorventes.
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Ah, só mais uma coisinha….
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