#28 Sobre felicidade
O que já rolou por aqui…
Edição #26 - Sobre dinheiro
Edição #27 - Sobre produtividade
"Felicidade é a ausência de desejo."
Pegou? Então é só isso mesmo. Durma com esse barulho, rs
Aos 26 anos, Matthieu Ricard largou sua promissora carreira como bioquímico para viver em mosteiros na Índia.
Decidiu virar um monge budista, se tornou assessor pessoal de Dalai Lama e ganhou o título de “homem mais feliz do mundo” depois de participar de um estudo conduzido pela Universidade de Wisconsin, nos EUA.
Os cientistas estudaram a sua mente por anos e ficaram #impactados com o que encontraram nas imagens de ressonância magnética.
Eles chegaram a conectar 256 sensores na cabeça dele para detectar seu nível de estresse, irritabilidade, aborrecimento, prazer, satisfação e dezenas de outras sensações diferentes.
E fizeram o mesmo com centenas de voluntários - pobres mortais como nós.
Os resultados obtidos mediram o nível de felicidade de cada participante em uma escala de 0,3 (muito infeliz) a -0,3 (muito feliz).
Nosso monge Matthieu Ricard alcançou níveis que nem os próprios pesquisadores acharam que seriam possível.
Seu resultado foi -0,45, superando não apenas todos os outros participantes, mas também os próprios limites estabelecidos pelo estudo.
Haja meditação, né? rs
Todo mundo pode ser feliz?
Para Matthieu, todas as pessoas podem se treinar para serem felizes ou alcançarem um estado de bem-estar por uma sensação de serenidade.
E ele tem um bom ponto, justificando que ninguém acorda de manhã pensando "Nossa, tô com vontade de sofrer o dia inteiro…".
Isso indica que de alguma forma, seja de maneira consciente ou não, a curto ou longo prazo, tudo o que fazemos, esperamos e sonhamos, de alguma forma está relacionado a um desejo de bem-estar e felicidade.
"Acho que a melhor definição de felicidade, de acordo com a visão budista, é que o bem-estar não é apenas uma mera sensação de prazer. É uma profunda sensação de serenidade e realização.
Um estado que realmente permeia e fundamenta todos os estados emocionais e todas as alegrias e tristezas que podem surgir em nosso caminho.
Pelo menos por aqui, ainda vai muita terapia pra chegar nesse nível rsrs
Mas olha só que interessante essa visão para diferenciarmos prazeres da vida de uma sensação mais genuína de felicidade, vamos assim dizer…
Pense em coisas que são muito prazerosas para você, tipo:
pedir iFood do seu restaurante preferido no final do dia;
ouvir Taylor Swift;
tomar um banho quente…
Agora: imagina se você tomasse banhos quentes 24h por dia, ouvisse Taylor sem parar e precisasse comer o seu pedido preferido do iFood em todas as refeições…
Ou seja: o prazer pode sim fazer você se sentir bem por alguns momentos, mas não é algo sustentável. Na verdade, é a receita para a exaustão.
Aí você me pergunta: ok, deu pra entender… mas como isso é diferente da felicidade?
Matthieu diz que diferente do prazer, quanto mais você tem a experiência de "ser feliz", mais ela fica clara, profunda, estável e resiliente às circunstâncias da vida - sejam elas boas ou ruins. Ela vira uma forma de viver.
"A felicidade é a junção de muitas qualidades"
#1 Paciência
Sabe aquela coisa de "Cansei, quero ser feliz AGORA!"... pois então, sinto decepcioná-las, mas não funciona rs
Leva tempo, autoconhecimento e amadurecimento pessoal pra gente desenvolver as qualidades fundamentais que geram bem-estar. É um pouquinho a cada dia, sabe?
Nos resta ter paciência com nós mesmas e deixar essa pirraça imediatista de lado.
#2 Saber olhar para dentro
Quando as coisas dão errado, tentamos muito consertar o exterior, mas nosso controle do “lado de fora”do mundo é limitado, temporário e, muitas vezes, ilusório.
Não adianta nada gastarmos nosso esforço com isso.
A verdade é que independentemente da nossa preocupação, os resultados serão os mesmos.
Então, faz muito mais sentido olhar com cuidado para o que você pode controlar, ou seja, seus sentimentos, pensamentos e a maneira como age.
3. Saber que você pode treinar sua mente
Sempre que você aprende alguma coisa nova, o seu cérebro muda.
Isso significa que se você treinar a sua concentração, se você treinar para ter mais compaixão, se você treinar para ser mais altruísta, seu cérebro também vai mudar e você será uma pessoa diferente.
Todas essas habilidades podem ser aprendidas, assim como tocar violão ou jogar tênis.
4. Meditar pouco e com frequência
Essa as mães de planta vão entender bem.
Precisamos regar nossas plantinhas um pouquinho todos os dias, certo? Se passamos muito tempo sem fazer isso, elas morrem… e se derramamos um balde de uma vez só, também.
Funciona igual com a meditação: é melhor fazer sessões curtas com frequência do que uma muito longa de tempos em tempos, porque o processo de neuroplasticidade não será ativado ou mantido (e é ele que faz o seu cérebro mudar).
5. Não deixar o tédio atrapalhar
Muitas vezes, a chatice precede uma grande mudança. A regularidade é uma das grandes dicas de treinamento mental para se tornar uma pessoa melhor, mais feliz e mais altruísta.
O monge Matthieu Ricard fala sobre tudo isso - melhor que eu - nesse vídeo curtinho (não tem nem 5min), que recomendo demais que seja assistido como complemento da news de hoje!
Bora treinar a nossa felicidade?
Pra ver: Acho que já deu pra perceber que amamos um TEDx, né? Este aqui explica como ações diárias podem nos ajudar a sermos mais felizes.
Pra ouvir: Quem assistia as lendas urbanas do programa do Gugu vai amar o podcast “Os Fantasmas nos Divertem”. Tem várias histórias de arrepiar #medo.
Pra ler: Esta matéria fala sobre Fat Talk, um diálogo, aparentemente, inofensivo, mas que pode causar um impacto bem negativo em quem escuta.
👅 Bora cuidar da saúde bucal? Raspador de língua na promoção.
👡 Sandália linda que combina com qualquer look.
👚 Blusinhas lisas são peças coringa no guarda-roupa, né?
Ah, só mais uma coisinha….
Nesse ano, o BBB começou com tudo e já tá dando o que falar!
Fizemos um post no nosso Instagram sobre o relacionamento da Bruna com o vidraceiro. O título não poderia ser outro: “Como identificar uma relação tóxica?”.
Já conferiu?
Sofia 💅
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