#16 Sobre comunicação não violenta
O que já rolou por aqui…
Edição #14 - Sobre tudo ser urgente
Edição #15 - Sobre o medo do sucesso
Nem sempre o que você fala é o que o outro escuta. Da mesma forma, nem sempre o que o outro fala é o que você escuta.
Que tenhamos flexibilidade e disposição pra dialogar em busca de conexões e de soluções!
Dar aquele feedback difícil pra chefe;
Conseguir estabelecer limites em um relacionamento;
Resolver um mal entendido com a BFF…
A verdade é que conversas difíceis fazem parte do nosso dia a dia e de todas as áreas da nossa vida. Por isso, o quanto antes aprendermos a "falar com jeitinho", melhor, rs
Foi pra melhorar a qualidade dos seus relacionamentos que uma amiga começou a estudar a Comunicação Não Violenta. Já ouviu falar?
Ela foi criada na década de 60 por um psicólogo americano chamado Marshall Rosenberg, em um contexto de grande segregação racial nos EUA, onde algumas escolas tomaram a iniciativa de mudar esse cenário .
O consenso era de que todos deveriam adotar uma postura pacífica para que a convivência se tornasse possível, com maior integração entre brancos e negros.
E adivinha só qual foi a maior aposta do psicólogo pra tentar melhorar as coisas?
A capacidade de ouvir sem julgamentos prévios. (Quem dera conseguíssemos fazer isso sempre, né? rs)
No mundinho controlado de estudos de Rosenberg, os resultados das técnicas aplicadas tiveram só resultados positivos, principalmente na mediação de entre professores, alunos, funcionários e até a comunidade local.
Isso porque ficou mais fácil que as pessoas encontrassem pontos em comum para se conectarem e entenderem as necessidades, reações e comportamentos do outro.
Foi mais ou menos nessa época que Rosenberg acabou virando pupilo de outro psicólogo americano, chamado Carl Rogers, e juntos, eles desenvolveram uma série de estudos que resultaram na teoria da Comunicação Não Violenta (CNV, para as íntimas).
Chega de história, vamos de CNV na prática
De acordo com Rosenberg, a CNV se baseia em um conjunto de habilidades de linguagem e de comunicação que fazem com que continuemos "sendo humanos" mesmo em situações de estresse e de conflito.
Os seus princípios surgiram de dois principais questionamentos:
O que nos leva a nos desligarmos da nossa natureza compassiva e agir de maneira violenta?
O que permite que algumas pessoas não se desliguem de sua natureza compassiva, mesmo em situações dolorosas?
Foi a partir de muita observação para responder essas perguntas que surgiram os 4 pilares da Comunicação Não Violenta:
1. Observar sem julgar
Já falamos disso aqui e esse talvez seja o pilar mais difícil… Mas vamos treinar?
A ideia é desassociar a nossa observação de uma avaliação com juízo de valor de bem ou mal, simplesmente percebendo o que nos agrada ou não.
O que o outro está falando que me afeta, prejudica ou enriquece a minha vida? Tente ser o mais específica possível.
2. Nomear seus sentimentos
A partir da observação, descubra como você está se sentindo: alegre, magoada ou com raiva do que foi dito?
Esse momento é de muita autorreflexão e, ao invés de tentar brigar com o que você está sentindo, #aceitaquedoimenos.
Ao entender o que está se passando aí dentro, expresse seus sentimentos com clareza e tomando a responsabilidade para si.
Por exemplo: “quando você chega atrasado sem avisar, eu me sinto desrespeitada e acabo ficando com raiva”.
Dessa forma, cria-se mais empatia e um canal de comunicação direto e sincero se abre.
3. Identificar e comunicar suas necessidades
Já parou pra pensar que nossos sentimentos sempre expressam necessidades? Confiança, respeito, aceitação, compreensão, acolhimento e por aí vai…
Por exemplo: quando o ficante premium plus não te responde na velocidade da luz, você fica triste (sentimento) porque queria receber mais atenção (necessidade).
Por isso, para conseguir se comunicar com assertividade, é fundamental que você saiba identificar as suas próprias necessidades e também se esforce para compreender as necessidades dos outros.
Por que tal pessoa age dessa forma?
Quais são as necessidades que estão por trás da atitude dela?
4. Pedir ao invés de mandar
Depois de passar por todo esse caminho, o próximo passo é ser capaz de expressar esses três componentes em um pedido honesto que tenha o objetivo genuíno de apaziguar a situação de conflito.
Seja clara, tangível e objetiva, usando sempre uma linguagem positiva.
Ao invés de dizer “Não chegue mais atrasada” pra amiga que sempre está no banho quando você já chegou pontualmente no lugar que marcaram, experimente “Queria que você começasse a chegar no horário quando a gente marcar algo. Você acha que rola?”.
Não quero ter razão, quero ser feliz
A base de qualquer diálogo que usa técnicas de Comunicação Não Violenta é garantir que acordos sejam criados, buscando sempre uma SOLUÇÃO.
Não tem aquela coisa de discutir só por discutir, sem que nenhuma das partes esteja, de fato, comprometida em chegar em um denominador comum, sabe? Quando é só desgaste…
É por isso que o essencial para conseguir aplicar os 4 pilares que falamos aqui é entrar em qualquer conversa com o objetivo genuíno de encontrar a melhor solução possível.
Não é querendo provar o seu ponto a qualquer custo. É tendo uma escuta muito ativa e a flexibilidade de saber que nem sempre as nossas suposições estão certas.
Dá só uma olhada nesses exemplos:
Encontrar essa interseção talvez seja um desafio diário pra gente, mas os resultados fazem valer à pena.
Tirei esses exemplos aí de cima do perfil do Instagram do @igorgadioli, que recomendo demais pra quem quer ter mais clareza e conexão na base da conversa. #nãoépubli
Dá uma olhada lá e depois me conta o que achou! :)
Pra ver: A série “Eleita”, do Prime Video, tem Clarice Falcão de protagonista e conta a história de como uma jovem, que se candidatou a governadora de brincadeira, acabou sendo eleita. Seria cômico se não fosse trágico rs
Pra ouvir: Quer uma opção 0800 para praticar a sua escuta em inglês? O Espresso English Podcast é uma ótima opção. Com episódios curtinhos, que duram em média 5 minutos, você aprende sobre gramática, vocabulário, frases e idiomas no geral.
Pra ler: Não dá pra falar sobre comunicação não violenta sem citar este livro do Psicólogo Marshall Rosenberg, que merece uma menção honrosa de tanto que foi citado por aqui hoje. É uma leitura leve e que traz várias técnicas para aprimorarmos nossos relacionamentos.
Pra ler II: Essa matéria da Forbes mostra que, cada vez mais, as mulheres vêm deixando posições de liderança por empregos que ofereçam mais flexibilidade e reconhecimento.
Haja incenso e essências pra alinhar os chakras nesse período trevas de eleições…
Por isso, a dica de hoje é pra renovar as vibes. Quando o assunto é limpeza energética, os aromas mais fortes são os de eucalipto e os de lavanda.
O óleo de lavanda, queridinho do momento, tem propriedades químicas que são responsáveis por nos trazer a sensação de relaxamento.
Entre elas, se destaca o Linalol, considerado uma das substâncias mais importantes na indústria farmacêutica e de cosméticos, por conta das suas propriedades calmantes, analgésicas, anti-inflamatórias e ansiolíticas.
Muita gente gosta de usar principalmente antes de dormir e aqui você encontra um kit perfeito pra usar ou presentear alguém que ama!
Ah, só mais uma coisinha….
Você já deu stream no novo álbum da Taylor Swift?
Por aqui só dá Anti-Hero no repeat! Inclusive, tem um post sobre o hino saindo do forno… fique de olho no nosso perfil no Instagram!
Sofia 💅🏻
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