O que já rolou por aqui…
Edição #41 Sobre tomar decisões
Edição #42 Sobre solidão (e solitude)
Às vezes, só o que a gente precisa é dar tempo ao tempo.
Você também deve sentir que o mundo parece exigir o nosso movimento e a nossa ação a todo instante, né?
Não é à toa que, de acordo com uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma), o Brasil é o segundo país com mais casos de burnout no mundo - ficando atrás somente do Japão, onde, pasme: 70% da população foi atingida pela doença.
Aqui, são "só" 30%, o que corresponde a aproximadamente 39,6 milhões de trabalhadores.
Isso considerando que nas últimas décadas, tivemos um super avanço tecnológico.
Com ele, ganhamos muita produtividade, encurtamos distâncias e passamos a nos comunicar instantaneamente.
O curioso é que ao invés disso ter nos feito trabalhar menos (o que seria possível porque ficamos mais rápidos e eficientes), o efeito parece ter sido justamente o contrário.
O ser humaninho não tem limites mesmo, rs. Ele quer sempre mais.
É preciso estar em movimento sempre, porque "a vida acontece aí". Tem que produzir, descobrir o que gosta de fazer e toda essa lista infinita que você sabe qual é… A TODO O MOMENTO.
Inércia não combina com evolução…
Mas será mesmo?
Na carreira, por exemplo, a ansiedade por gerar resultados cada vez melhores é quase inevitável.
Ansiedade que muitas vezes nos leva a uma "ação a qualquer custo", simplesmente porque "fazer alguma coisa" parece ser melhor do que "não fazer nada".
Tenho a sensação de que a gente tá perdendo toda e qualquer paciência para esperar as coisas acontecerem no tempo delas, sabe?
E, em alguns momentos, realmente acredito que o "não fazer nada" pode ser EXATAMENTE o que a gente precisa.
É claro que não tô aqui defendendo que uma postura assim seja pra vida toda, pelo amor de Deus…
Mas a sensação que tenho é que a gente simplesmente desaprendeu a não fazer nada.
Acha que tem que resolver tudo na hora. Que tem que se posicionar em todas as discussões. Resolver tudo pra ontem. Sempre ter uma atitude.
O risco de passar a vida assim, no piloto automático, é real.
Um exemplo didático
Esses dias li um estudo sobre a tomada de decisão de goleiros amadores em pênaltis (aleatório, eu sei rs).
Durante a pesquisa, ficou constatado que a chance do atacante chutar em qualquer canto era praticamente a mesma, de 33%.
Mas, nas defesas, a distribuição das probabilidades era diferente. Quando o goleiro ficava parado no centro, ele tinha maiores chances de pegar o chute.
Ou seja: mesmo que acertasse o lado ao tentar pular, se ficasse parado, ele teria mais chances de defender.
Apesar disso, em 94% das vezes, o goleiro decidiu pular para algum dos cantos.
MAS GENTE, a estratégia racional não deveria ser ficar parado?
Pois é. Quando foram perguntados sobre isso, a resposta mais comum foi que: “pelo menos eu tive a sensação de estar fazendo algo”.
Alívio na consciência, menos defesas.
Isso é tipo investir na bolsa de valores.
Nos primeiros dias de pandemia, muita gente viu o seu patrimônio investido derreter por conta da queda brusca diante da incerteza do que teríamos pela frente.
O que uma galera fez? Isso mesmo, resolveu sacar o dinheiro porque "precisava fazer alguma coisa pra evitar perder mais dinheiro".
A ironia é que o que era preciso era justamente não fazer nada.
Enfim… A reflexão tá feita por hoje!
Em um mundo que exige ação, saber as horas de não fazer nada e ter paciência é uma virtude de poucos.
Pra ver: Seria um roteiro de milhões, se não fosse vida real. Pras viciadas em true crime, o documentário "I Just Killed My Dad" é uma boa pra maratonar no final de semana (é daqueles curtinhos que dá pra começar e terminar de uma vez só).
Pra ouvir: Sim, ainda sou fã da Manu Gavassi. A participação dela no Quem Pode, Pod, apresentado pela Fernanda Paes Leme e pela Giovanna Ewbank, tá ótima pra ouvir enquanto você espera no Uber ou lava uma louça.
Pra ler: A entrevista com a psicanalista Vera Iaconelli me inspirou. Ela compartilha suas reflexões sobre o processo de envelhecimento e alerta para o perigo de cultivarmos o bem-estar individual deixando de lado o cuidado coletivo.
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Ah, só mais uma coisinha….
Certeza que você já foi impactada por algum conteúdo envolvendo o Projeto de Lei 2630 durante a semana.
Big Techs de um lado, governo do outro;
PL das Fake News pra lá, PL da censura pra lá.
Muita gente opinando horrores sem, aparentemente, fazer o básico: ler o projeto.
O texto na íntegra tá aqui, pra você tirar as suas próprias conclusões!
Sofia 💅
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eu simplesmente amei essa edição!!!