#49 Sobre o dilema da ambição
O que já rolou por aqui…
Edição #47 Sobre pedir desculpas (no automático)
Edição #48 Sobre preocupações
Começando a Sofia de hoje de um jeito diferente, com recado importante:
Já tá participando? Essa é a sua chance de ganhar um Novo Kindle 11ª Geração (e ainda nos ajudar a chegar em caixas de entrada de mais amigas!!)
É só clicar aqui, se inscrever e começar a indicar!
A cada 3 amigas indicadas, você ganha 1 cupom para participar do sorteio do Kindle, combinado?
ps: vamos divulgar o resultado com o nome da ganhadora na edição de 20 de Julho.
Pra começar a falar de ambição, pensei em uma história que li há um tempo atrás…
Um desses bambambans do mundo business (🗣️) contou que tinha participado de um Conselho para selecionar o próximo CEO de uma grande empresa.
Depois de muitas buscas, a lista estava reduzida a dois candidatos, cada um com seus pontos fortes e limitações.
Durante a análise de cada um deles, o presidente do tal Conselho fez a seguinte observação:
“Um é ambicioso demais e o outro não é ambicioso o suficiente”.
Ao ser questionado pelos outros membros sobre o que exatamente isso significava e porque era essa a sua percepção, o Presidente descreveu uma série de características sobre o nível de interesse próprio de cada candidato, orientação para resultados, autoconsciência e preocupação com os outros.
Em resumo, o candidato rotulado como “ambicioso demais” foi excessivamente assertivo sobre o crescimento financeiro da empresa e o candidato rotulado como “pouco ambicioso” havia falado demais sobre sua família e interesses pessoais.
Problemático.
As definições prontas e incompletas do que é (ou deve ser) a tal “ambição” não podem ser usadas para avaliar o comprometimento e definir a provável performance de um líder.
Em um candidato, o foco no crescimento financeiro da empresa foi interpretado como ganância e, no outro, seus interesses externos como falta de motivação.
A impressão que ambos deixaram a mostra como as pessoas podem ser ineficazes em nutrir e expressar ambição.
É um dilema mais ou menos assim: "se eu mostrar minha ambição, que quero muito, posso parecer meio egoísta e até prejudicar meus relacionamentos… mas, por outro lado, se me acharem pouco ambiciosa, vou parecer preguiçosa ou desmotivada…"
Fato é que conseguir ter um nível saudável de ambição é um super desafio (e, cá entre nós, esse assunto até pode aparecer de vez em quando na terapia, mas não é uma questão que ganha muita prioridade no dia a dia).
Foi por isso que escolhemos esse tema pra Sofia de hoje, inclusive… Pra te dar esse momento de reflexão de presente, rs
Quando bem equilibrada, a ambição leva à criatividade e inovação, melhor performance e satisfação no trabalho.
Depois de estudar e trabalhar com vários líderes em ascensão, o Ron Carucci desenvolveu uma estrutura para nos ajudar a entender como cultivar e comunicar ambição de maneira produtiva e equilibrada.
Ela é dividida em três dimensões: desempenho, crescimento e realização 👇
Falando um pouco mais sobre essas esferas…
#1 Ambição de Desempenho
A ambição começa com a compreensão das aspirações que você tem para si e para a sua equipe (se for o caso). Geralmente, elas são expressas na forma de metas que definem os resultados desejados.
A chave aqui é saber até onde ir.
Definir metas que exigem o nível certo de dificuldade e desconforto ajuda a garantir que você se esforce para ir além de suas habilidades atuais.
Se o desafio for muito grande, você corre o risco de desistir ou de desanimar quando vê que a missão é impossível. Por outro lado, se não for desafiador, o risco é ficar entediada e nunca chegar na sua capacidade máxima de realização.
Para entender qual é o nível certo para você, algumas perguntas podem te orientar:
Quais coisas eu gostaria que fossem diferentes do que são hoje?
Atualmente, quais coisas mais me frustram?
Entender os nossos descontentamentos é essencial para ter clareza do que deve ser melhorado e essa clareza nos dá a energia necessária para ir na direção certa.
#2 Ambição de Crescimento
Embora a ambição de desempenho seja vital para progredirmos, ela não é tudo o que existe.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, nossa ambição não deve se concentrar exclusivamente em alcançar os resultados desejados.
É preciso equilibrar esse desejo com a ambição de crescimento – ou o desejo de planejar como você realmente irá chegar onde quer.
Aquele bom e velho papo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, sabe?
A disparidade entre onde as coisas estão hoje e onde você quer que elas estejam pode revelar lacunas de aprendizado que você precisa resolver, sejam elas técnicas (como melhor o inglês) ou pessoais (como ter mais paciência diante de incertezas).
O importante aqui é ter humildade e autoconsciência para aceitar o que precisa ser melhorado. É só quando reconhecemos nossas limitações que conseguimos criar um plano concreto para melhorar o que é preciso.
#3 Ambição de Realização
Seja um senso mais profundo de propósito, um salário mais alto, promoção ou reconhecimento, todas nós somos motivadas pelas recompensas que podemos ter (pelo menos em parte).
Esse é o aspecto da ambição que é mais mal interpretado.
Quando os elementos de desempenho e crescimento da ambição ficam em segundo plano em relação à realização, você começa a parecer impulsionada pela ganância e egoísmo.
Além disso, quando seu foco muda do resultado para a recompensa, suas expectativas podem se tornar irrealistas, fazendo com que os outros se sintam como engrenagens para fazer a sua vida fluir.
Do lado oposto, você pode tentar negar os seus desejos, o que também não é saudável.
Não há nada de errado em querer mais. O problema é quando isso se torna insaciável e alcançar as recompensas estipuladas não é suficiente. É bem aquilo de "nossa, nunca tá satisfeita com nada também"...
E aí a questão pode até ser outra: será que essa pessoa estava em busca da recompensa certa?
O poder dos três elementos
Desempenho, crescimento e realização… juntos, eles criam uma estrutura capaz de te ajudar a manter a ambição em níveis equilibrados e saudáveis.
Por isso, quando ficar mais complexo pensar sobre isso, analise cada uma das esferas separadamente.
O dever de casa é pensar em qual delas você precisa focar mais por enquanto… Fechou?
Pra ver: Já ouviu falar na Elizabeth Holmes? Nos seus tempos de glória, a fundadora da Theranos foi considerada a mais jovem bilionária dos EUA. Por mais de 10 anos, ela enganou muuuuita gente grande (incluindo órgãos regulatórios dos EUA e os mais renomados executivos) sobre tecnologia que - supostamente - havia criado. Fraude atrás de fraude. A história é contada na série The Dropout.
Pra ouvir: Pra quem tá procurando um podcast leve e com muito senso de humor, vai de Corra Loka Corra. Você vai se sentir sentada na mesa de um bar com as amigas!
Pra ler: É romance-fofinho-água-com-açúcar que você quer? Então não pode deixar de ler Teto para dois. 💓
Ah, só mais uma coisinha….
Aparentemente temos muitas Swifties por aqui… O link sobre o show da loirinha foi o mais clicado na última edição (vocês não me decepcionam nunca).
Tava pensando que a gente poderia fazer uma força-tarefa pra juntar leitoras da Sofia que ainda não conseguiram ingressos.
Quanto mais telas, mais chances, né?
Vamos tentar dar match nas Swifties que podem comprar ingressos a mais pra ajudar as coleguinhas. Se quiser participar, deixa as suas infos aqui.
Sofia 💅
Sua melhor amiga, na sua caixa de entrada. Somos uma newsletter gratuita e semanal, que fala sobre tudo que faz parte do universo feminino. Temos um encontro marcado sempre lá pelas 13h, nas quintas.