O que já rolou por aqui…
Edição #45 Sobre focar nas coisas certas
Edição #46 Sobre ser feliz
"Se bateu e doeu, pega que é seu" (JOUT, Jout, 2020)
O texto de hoje começou a ser escrito na minha cabeça da maneira mais aleatória possível: em uma aula de tênis…
Acontece que quando a gente trabalha na internet, acaba automaticamente pensando em como umas situações inusitadas (como essa) poderiam ser transformadas em conteúdo. É meio automático, talvez seja até um vício.
Mas fato é que entre uma raquetada e outra (🗣️) eu estava lá planejando essa news.
Tudo isso aconteceu porque fui treinar em um horário diferente do que costumo ir. Chegando lá, vi que ia fazer aula com 3 homens que eu nunca tinha visto antes. E tudo bem.
Quase sempre dá pra sentir no ar aquela desconfiança inicial de acharem que eu não vou ter o mesmo nível de treino que eles (porque sou mulher e aí, são grandes as chances de eu jogar pior que os consagrados, né? rs).
Como diria Marcela Mc Gowan:
Isso é tão real… eu sempre dou boas risadas internas quando vejo uns caras chegando super equipados como se estivessem indo pra Roland Garros (um dos torneios de tênis mais importantes do mundo) kkkkk
Mas voltando ao meu treino…
Antes de tudo, eu preciso te falar que ter o mesmo nível é mesmo muito importante pra garantir uma aula de qualidade pra todo mundo.
Por exemplo, algumas vezes, o objetivo do exercício é fazer o maior número possível de trocas. Ou seja: quem tá do outro lado da rede precisa conseguir devolver as bolas que você manda, certo?
Bem… Depois de uns exercícios como esse, todos perceberam que sim, eu tinha o mesmo nível deles. Olha só que surpresa rsrs
Enquanto a ficha deles caia, do outro lado, eu estava reparando nas diferenças sutis de treinar com homens e com mulheres.
Teve uma coisa específica que me pegou. E me pegou muito.
Pois muito que bem: quando uma troca de bolas tá ~intensa~ ninguém gosta de ser a primeira pessoa a errar… Meio óbvio, né?
Acontece que entre mulheres, quando uma erra, ela quase sempre pede desculpas automaticamente por ter quebrado a sequência: "Foi mal…", "Malss…" e outras frases a mais, com essa conotação.
Ela fica preocupada em estar atrapalhando o treino da outra, sabe? De não estar a altura da adversária do outro lado da rede…
Algumas começam até a errar coisinhas bobas porque ficam ansiosas, com medo de não dar conta. Claramente, é aquela famosa Síndrome da Impostora atacando até nos treinos de tênis (que é só um grande hobby pra maioria) 🤡
Se o nível entre as duas mulheres não for super parecido então, a que joga pior costuma ficar visivelmente nervosa, insegura e até meio sem graça mesmo.
Alguém aí adivinha como é quando o treino é só com homens? kkkk
Bom, eu não ouvi nenhum "Foi mal…" ou uma "Desculpa…" durante as 1h30 de treino. E não foi por falta de erro deles nas trocas, viu?
Mas também, por que eles falariam isso? Todos estão pagando pra fazer a aula, sabem que estão aprendendo a jogar e que errar faz parte mesmo.
Pra ser sincera, acabei problematizando mais o fato de eu mesma pedir desculpas quando erro uma rebatida (quando já é normal e esperado que isso vai acontecer em algum momento) do que não recebê-las.
Meu insight veio das quadras, mas quantas vezes na vida a gente não fica se culpando e se desculpando por coisas que não precisamos?
Como temos dificuldade em nos colocarmos em primeiro lugar e bancar tudo o que a gente sabe e faz com segurança…
Como é difícil sair dos padrões de comportamento que temos desde que dançávamos Spice Girls… e por aí vai!
Nesse mesmo treino, jogamos um set no final. Comecei ganhando de muito, o homi empatou. O professor interrompeu e deu dicas pros dois lados. O que ele falou pra mim, foi algo do tipo:
"Você perdeu 3 games seguidos e continua fazendo A MESMA COISA, jogando do MESMO JEITO. Vai continuar perdendo."
Realmente… Fazia sentido.
Mas parecia tão mais fácil pra ele observar tudo o que tava acontecendo de fora do jogo. Enquanto estava jogando, eu tava bem longe de ter essa percepção.
Se ele não tivesse parado o jogo ali, eu teria continuado a fazer a mesma coisa até perder, fato.
Como é difícil a gente conseguir se distanciar para olhar algumas situações como elas realmente são e ajustarmos o nosso comportamento…
Difícil, mas possível, viu? O jogo acabou e, provavelmente, esse foi o treino com mais cara de terapia de toda a história.
No final, eu acabei ganhando, mas só porque mudei!
Pra ver: Se você gosta de realities esportivos no estilo de Drive To Survive, que se popularizou mostrando os bastidores da F1, também vai gostar de Break Point, que acompanha a rotina de tenistas profissionais que estão começando a se destacar. Disponível na Netflix.
Pra ouvir: No podcast "Rita Lee: Outra Biografia" você vai ouvir conversas de quem fazia parte do círculo íntimo da cantora. O próximo episódio é com o seu marido, Roberto de Carvalho e ouvi dizer que é pra prepararmos os lencinhos, porque tá muito emocionante! O programa é baseado no livro de mesmo nome e um tributo mais que merecido!
Pra ler: Esse artigo fala sobre como as mulheres pedem muito mais desculpas que os homens ao longo da vida e tem algumas análises/exemplos bem interessantes. Tudo a ver com o nosso tema! (Tá em inglês)
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Pronta para começar a espalhar a palavra por aí?
Na última news, pedimos a opinião de vocês sobre qual prêmio deveríamos dar no nosso Programa de Indicação, lembram?
Pois muito que bem, temos um vencedor… E foi de lavada ein…
O Kindle foi o queridinho e será a estrela do que estamos preparando para vocês! Na semana que vem, vamos trazer todas as novidades e informações.
Ah, só mais uma coisinha….
Hoje vão ser duas, rs
Estamos muuuuuito felizes em receber tanta gente nova por aqui essa semana! Apoiamos a news do clubinho da Não Tenho Roupa e foi incrível ✨
Como semana que vem tem feriado na quinta (amém!), vamos enviar a nossa edição na quarta, tá bom?
Sofia 💅
Sua melhor amiga, na sua caixa de entrada. Somos uma newsletter gratuita e semanal, que fala sobre tudo que faz parte do universo feminino. Temos um encontro marcado sempre lá pelas 13h, nas quintas.
Adorei! Me identifiquei super com o texto!!